segunda-feira, 5 de março de 2007

O Mágico de Oz - O Livro


"-Os sapatos prateados-disse a Bruxa Boa - têm poderes maravilhosos. E uma das coisas mais curiosas a respeito deles é que podem levá-la a qualquer ligar do mundo em três etapas; e cada etapa transcorre em um piscar de olhos. Tudo o que você tem de fazer é bater os calcanhares três vezes e mandar os sapatos levarem-na aonde quer que desejar ir. " (p. 166 - O Mágico de Oz)
Publicado em 190o nos Estados Unidos, o livro de autoria de L. Frank Baum foi o primeiro grande sucesso destinado ao público infantil. Em três meses, vendeu cem mil cópias da obra - somente no país do tio Sam.
É conhecida a história da menina Dorothy Gale que, juntamente com seu cão Totó, é levada por um ciclone de sua terra natal (estado do Kansas) até a terra dos Munchkins. Para conseguir retornar para casa, é preciso chegar na cidade das Esmeraldas para que o Grande Mágico de Oz realize o seu desejo. Enquanto segue pela estrada de Tijolos Amarelos, ela encontra três diferentes seres que, como ela, também têm desejos para serem realizados. Assim, Dorothy é acompanhada do Leão Covarde, do Lenhador de Lata e do Espantalho sem cérebro. Durante a jornada, enfrentam perigos e aventuras até alcançarem seu objetivo.
Chama a atenção a escrita sucinta de Baum. Apesar de ser um livro descritivo, cabe muito mais ao leitor montar certos detalhes da estória, possível de serem vistas na versão cinematográfica do Mágico. Os famosos sapatinhos de Dorothy, que, no livro, são descritos como prateados, no filme de 1939 são transformados em sapatinhos de Rubi (já que a era dos filmes em cores estava começando, acreditou-se ser melhor destacar a cor dos sapatinhos, sendo que, por esse motivo, eles se tornaram de cor escarlate). Outro detalhe do livro modificado no filme é o uso do machado do Lenhador de Lata. No decorrer do livro, o lenhador decapita, com sua ferramenta, desde gatos à plantas venenosas. Já no filme as mortes são mais atenuadas, mais disfarçadas.
A famosa frase "Não há lugar como o lar" só ocorre no filme. No livro, basta bater o calcanhar três vezes e dizer o nome do lugar para onde você deseja ir. Diferenças à parte, ambos possuem um encanto, e despertam a curiosidade sobre Oz e seus personagens.
Uma das lendas sobre o Mágico viria a aparecer muitos anos depois - na verdade, quase cem anos após a publicação da obra. Em 1997, fãs do grupo britânico Pink Floyd descobriram que, se colocado juntamente com o filme do Mágico de Oz, o álbum Dark Side of the Moon seria a trilha sonora perfeita. Um exemplo seria a música Money, que coincide com a caminhada de Dorothy pela estrada de tijolos amarelos (de ouro). De acordo com os fãs da banda, há mais de cem coincidências entre o filme e as músicas do álbum. Para essa "coincidência" toda, os fãs deram o nome de Dark Side of the Rainbow (algo como "o lado sombrio do arco-íris"). A banda nega o planejamento dessa sincronicidade; planejado ou casual, o fato é que não há lugar como Oz...

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